MEXU REMEXU


MEXU REMEXU é uma confluência entre a dança e as artes plásticas para dialogar com o público/espectador sobre as singularidades existentes entre as fronteiras do “mais humano dos sagrados e o mais sagrado dos humanos” - uma analogia entre Exu (orixá) e Mulher, onde ambos são carregados de feridas abertas, por onde atravessam movimentos e multiplicidades, sabedoria e vaidade, comunicação e caráteres “como uma rede de conexões entre seres, cuja força de fricção e engaste ressalta a noção de processos dentro de sua estrutura” (Amálio Pinheiro), identificada aqui como dança-exposição fotográfica, onde os mistérios e grandes semelhanças dessas poderosas energias são reveladas.

O sentido de MEXU REMEXU é contaminar a população/espectadores acerca das paridades existentes entre os seres (humano e sagrado), e as linguagens (dança e a fotografia), que são viabilizadas pelo “respeito às fronteiras que separam centro e periferia, alto e baixo, antigo e novo: o encaixe de elementos e materiais díspares e diversos em dobra-e-curva-e-redobra” (Amálio Pinheiro) para melhor interpenetração cognitiva do próprio (des)território, gerando fenômenos de fusão entre os corpos que se apresentam abertos e dispostos a remexer.

Trajetória
MEXU REMEXU é extensão do projeto ORIKI IN CORPORE, de Silvana Oliviere e Iara Rennó, vencedor do Prêmio Interações Estéticas – Residências Artísticas em Pontos de Cultura 2008 (Minc – projeto Cultura Viva – Funarte), realizado na cidade de São Paulo no museu Afro Brasileiro – Parque Ibirapuera. O vídeo que definio o ambiente EXU foi desenvolvido em colaboração com o artista plástico, vídeo maker e performer Marcondes Dourado, Contudo, o lançamento da dança-exposição fotográfica MEXU REMEXU acontecerá em derramamento com o projeto TRANSBORDO.